Criação ainda depende de Rodrigo Pacheco.
CPI quer apurar denúncias de que pastores teriam intermediado liberação de recursos do Ministério da Educação.
Escândalo no MEC: oposição entrega pedido para abertura de CPI O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou nesta terça-feira (28) o pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar as denúncias de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC).
Para que a comissão inicie os trabalhos, é necessário que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), faça a leitura do documento em plenário.
O regimento do Senado prevê que pedidos de abertura de CPIs precisam ser assinados por, no mínimo, 27 senadores — um terço dos 81 que compõem a Casa.
Até a última atualização desta reportagem, 31 parlamentares haviam assinado.
A criação da CPI ganhou força na semana passada, após o ex-ministro da educação Milton Ribeiro e pastores denunciados terem sido presos pela Polícia Federal — eles já foram soltos, mas as investigações continuam (leia detalhes após a lista).
Lista Saiba abaixo quais senadores assinaram o pedido de criação da CPI: Randolfe Rodrigues (Rede-AP) — autor; Paulo Paim (PT-RS); Humberto Costa (PT-PE); Fabiano Contarato (PT-ES); Jorge Kajuru (Pode-GO); Zenaide Maia (Pros-RN); Paulo Rocha (PT-PA); Omar Aziz (PSD-AM); Rogério Carvalho (PT-SE); Reguffe (União Brasil-DF); Leila Barros (PDT-DF); Jean Paul Prates (PT-RN); Jaques Wagner (PT-BA); Eliziane Gama (Cidadania-MA); Mara Gabrilli (PSDB-SP); Nilda Gondim (MDB-PB); Veneziano Vital do Rego (MDB-PB); José Serra (PSDB-SP); Eduardo Braga (MDB-AM); Tasso Jereissati (PSDB-CE); Cid Gomes (PDT-CE); Alessandro Vieira (PSDB-SE); Dario Berger (PSB-SC); Simone Tebet (MDB-MS); Soraya Thronicke (União Brasil-MS); Rafael Tenório (MDB-AL); Izalci Lucas (PSDB-DF); Giordano (MDB-SP); Marcelo Castro (MDB-PI); Confúcio Moura (MDB-RO); Jarbas Vasconcellos (MDB-PE).
Milton Ribeiro diz ter recebido ligação de Bolsonaro: ‘Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão' Prisão de Milton Ribeiro Milton Ribeiro foi preso no dia 22 – e solto no dia 23 – na ação da Polícia Federal que investiga a suposta atuação de pastores na liberação de recursos do Ministério da Educação.
Em março deste ano, se tornou conhecida uma gravação na qual Ribeiro, ainda como ministro, disse que priorizava o repasse de dinheiro a municípios indicados por pastores e que, ao fazer isso, atendia a um pedido do presidente Jair Bolsonaro.
Depois, Milton Ribeiro negou.
Afirmou que não priorizava municípios indicados por pastores e que Bolsonaro não havia lhe pedido isso.
O episódio levou à demissão do então ministro.
Com a saída de Ribeiro do cargo, as investigações saíram do STF e foram para a Justiça Federal em Brasília.
O juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal, entendeu que, soltos, Ribeiro e os pastores poderiam interferir nas investigações e, por isso, determinou a prisão deles.
Um dia depois, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), com sede em Brasília, mandou soltar os investigados.
O magistrado entendeu que medidas cautelares seriam mais adequadas porque Ribeiro não é mais ministro.
Publicada por: RBSYS
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