Próximo governante lidará com os desafios do pós-pandemia e com a crise institucional do MEC e do Inep.
Veja quais os planos de Ciro Gomes, Jair Bolsonaro, Lula e Simone Tebet.
Fala, candidato Arte/g1 O próximo presidente da República terá como desafio mitigar os danos causados pela pandemia da Covid-19 na educação, entre eles combater a evasão escolar e desenvolver programas de recuperação de aprendizagem.
Ainda enfrentará reflexos de uma crise na gestão da área dentro da própria estrutura federal: no Ministério da Educação (MEC), após quatro demissões de titulares da pasta; no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), palco das denúncias que derrubaram o ex-ministro Milton Ribeiro; e no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que recebeu denúncias de assédio moral e de tentativas de interferência ideológica no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Confira a seguir detalhes de cada proposta.
A ordem é a mesma em que os candidatos aparecem na última pesquisa de intenção de votos.
Lula (PT) O candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 19 de agosto de 2022.
ISAAC FONTANA/CJPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO No programa de governo, o ex-presidente Lula (PT) diz que seu objetivo é "resgatar e fortalecer os princípios do projeto democrático de educação, que foi desmontado e aviltado".
Para isso, pretende fortalecer a educação pública, laica e inclusiva.
O texto menciona os seguintes projetos: assegurar a política de cotas sociais e raciais, tanto nas universidades federais quanto nos concursos públicos; garantir o direito à educação das pessoas com deficiência, investindo em tecnologias assistivas; universalizar o acesso à internet de qualidade, principalmente de escolas públicas; promover políticas de inclusão e permanência na educação de pessoas LGBTQIA+; assegurar o direito de crianças brincarem; combater todas as formas de discriminação.
Jair Bolsonaro (PL) Jair Bolsonaro durante entrevista concedida ao Flow Podcast.
Reprodução O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, coloca como objetivo de seu programa de governo melhorar a posição do Brasil em rankings de educação, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).
Ele propõe: aprofundar, em sala de aula, temas como inteligência artificial, programação, internet das coisas e segurança cibernética, para formar profissionais para o mercado de trabalho; qualificar professores para que lecionem as disciplinas "sem conotações ideológicas que apenas distorcem a percepção de mundo"; ampliar o combate à violência institucional contra crianças e adolescentes, tendo os pais como agentes principais da educação (não o Estado); direcionar o dinheiro público para o financiamento de pesquisas que atendam às necessidades de desenvolvimento do país (como em saúde e tecnologia); construir novas creches; manter a Política Nacional de Alimentação Escolar (PNAE); aumentar o acesso de crianças e adolescentes à escola; dar continuidade à recuperação do ensino de alunos prejudicados pelo fechamento das escolas na pandemia; fortalecer planos de carreira de professores.
Ciro Gomes (PDT) Ciro Gomes SUAMY BEYDOUN/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO No programa de governo, Ciro Gomes estipula como meta implementar o "mais revolucionário programa de educação pública da história brasileira", capaz de colocar o país entre os 10 melhores do mundo neste segmento em até 15 anos.
Para isso, ele pretende: montar um corpo técnico capaz de pensar em formas de financiamento e de uso de novas tecnologias; implementar gradualmente o ensino integral; disseminar o ensino médio profissionalizante, com estágios remunerados; aprimorar o modelo pedagógico usado atualmente nas escolas, para que esteja mais ligado à realidade dos alunos; adotar um programa de formação e capacitação de professores; criar incentivos financeiros para que boas iniciativas na educação sejam premiadas; elaborar o Programa de Alfabetização na Idade Certa; definir metas de aprendizagem para cada ciclo de ensino; monitorar escolas com desempenho inferior ao da média; reforçar as práticas de busca ativa por alunos que faltaram às aulas; desenvolver competências socioemocionais nos estudantes; valorizar professores e diretores escolares.
LEIA TAMBÉM: O que dizem os candidatos sobre a implementação da Lei de Cotas 10 anos da Lei de Cotas: ela está ameaçada? O que pode mudar? Simone Tebet (MDB) Candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, em Curitiba Reprodução/RPC Simone Tebet (MDB) afirma que seu programa de governo coloca a educação "no topo das prioridades", recuperando o protagonismo do Ministério da Educação (MEC) na coordenação das políticas nacionais.
Para alcançar esses objetivos, a candidata pretende: investir em educação integral e no novo ensino médio; enfatizar a importância do ensino profissionalizante; erradicar o analfabetismo; combater a evasão escolar; capacitar professores para a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC - documento que estipula os conteúdos obrigatórios a serem ensinados nas escolas); apoiar municípios na ampliação da oferta de vagas em creches e na pré-escola; valorizar os docentes da educação infantil e fazer uma melhor integração entre essa etapa e o ensino fundamental; garantir que as crianças estejam alfabetizadas até o segundo ano do ensino fundamental; criar a “Poupança Mais Educação”, para incentivar os jovens de baixa renda a concluírem o ensino médio; incrementar as atividades de pesquisa nas universidades; ampliar as formas de financiamento de mensalidades no ensino superior; regulamentar e implementar o Sistema Nacional de Educação (com a colaboração entre os entes federativos); melhorar a infraestrutura das escolas; incentivar a formação de professores; apoiar a saúde mental dos estudantes e dos docentes; garantir a inclusão escolar de crianças e jovens com deficiência.
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Publicada por: RBSYS
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