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Sem orçamento, UFU tem condições de funcionar até agosto de 2023

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Sem orçamento, UFU tem condições de funcionar até agosto de 2023

Reitor Valder Steffen Júnior disse em coletiva nesta terça-feira (6) que situação da universidade só voltará ao normal caso haja recomposição no orçamento bloqueado pelo Governo Federal.

Reitor da UFU, Valder Steffen Jr.

, e pró-reitor Darizon Alves de Andrade cederam entrevista coletiva Hermom Dourado/Divulgação O reitor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Valder Steffen Júnior, e o pró-reitor de Planejamento e Administração, Darizon Alves de Andrade, cederam entrevista coletiva nesta terça-feira (6) para comentar o bloqueio de R$ 5,8 milhões no limite de empenho sofrido pela instituição.

O valor seria destinado ao pagamento de contratos como energia, água e segurança, além dos auxílios estudantis.

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Segundo o reitor, se nenhuma mudança orçamentária ocorrer, a UFU tem condições para se manter em funcionamento apenas até agosto de 2023, incluindo as aulas, o restaurante universitário e os ônibus do Intercampi.

"A orientação da Administração Superior da UFU é manter a instituição funcionando, em respeito a nossa comunidade universitária e à sociedade brasileira.

Uma interrupção só ocorreria em caso de impossibilidade absoluta de honrar nossos compromissos.

Então, nossos alunos podem continuar assistindo às aulas normalmente por enquanto", declarou.

LEIA MAIS: Com caixa zerado, UFU não deve pagar auxílio estudantil, segurança e energia após novo bloqueio do Governo Federal "A nossa expectativa é que em Brasília, as nossas autoridades, especialmente o Ministério da Economia, revejam essa situação, devolvam nosso orçamento para que possamos, enfim, programar a finalização do ano de 2022", disse o reitor.

Questionado sobre a situação dos estudantes que recebem auxílios, Darizon Alves acrescentou que o congelamento pode afetar o pagamento de auxílios a 2 mil bolsistas.

"Nós fizemos todos os processamentos para efetuar o pagamento no prazo correto, mas no momento de as pessoas receberem, o dinheiro não caiu.

Caso haja a liberação do financeiro, imediatamente, as pessoas vão receber nas suas contas", disse o pró-reitor.

Bloqueio O novo bloqueio ocorreu na última quinta-feira (1º), mesmo dia em que o Ministério da Educação (MEC) havia liberado R$ 366 milhões, congelados na última terça (29).

Horas depois do anúncio da liberação, foi a vez de o Ministério da Economia emitir um decreto e bloquear R$ 1,36 bilhão dos recursos destinados ao MEC.

Segundo a nota da UFU, o novo decreto zerou o limite de pagamentos das despesas discricionárias do Ministério da Educação previsto para o mês de dezembro.

Com isso, a universidade disse que mesmo as despesas que já estavam empenhadas aguardando apenas pagamento foram negativadas, o que pode inviabilizar o funcionamento dos campi até o fim do ano.

"Todas as formas de auxílio estudantil, contratos de alimentação, segurança, limpeza, transporte estão com pagamentos bloqueados.

É uma situação insustentável, pois os recursos assegurados pela Lei Orçamentária Anual (LOA) tornaram-se indisponíveis pelo Ministério da Economia", declarou.

LEIA MAIS: MEC tem R$ 1,36 bilhão bloqueado e ficou com limite de R$ 411 milhões em caixa, diz Ministério da Economia O pró-reitor Darizon explicou que no dia do bloqueio, R$ 3,7 milhões que já haviam sido empenhados para pagar despesas ficaram parados na "boca do caixa".

Além disso, houve um bloqueio de R$ 2,1 milhões para fazer novos empenhos.

"Ao incluir os pagamentos a nossos bolsistas no bloqueio financeiro, chegamos a uma situação absolutamente inaceitável, injusta e incompatível à gestão pública, agravando substancialmente o cenário", continuou.

Em nota enviada ao g1 na última sexta (2), o Ministério da Economia explicou o bloqueio e afirmou que o montante bloqueado ainda pode ser reavaliado, mas não dá perspectivas concretas e diz que o MEC tem R$ 411,6 milhões em caixa.

Veja o posicionamento na íntegra mais abaixo nesta matéria.

Congelamentos em 2022 O primeiro revés nos recursos da educação aconteceu ainda em janeiro, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou o Orçamento de 2022.

A fatia da educação perdeu R$ 739,9 milhões do total de R$ 113,4 bilhões que tinham sido aprovados pelo Congresso em dezembro de 2021.

Em junho, ocorreu bloqueio de verbas para todas as universidades federais.

Conforme a universidade, isso ocasionou um déficit entre receita e despesa, que corresponde a aproximadamente um mês e meio de funcionamento.

Já em outubro, o MEC chegou a anunciar um novo bloqueio de verbas.

Na ocasião, o reitor da UFU, Valder Steffen Júnior, apontou que esse bloqueio poderia exigir a revisão de contratos em áreas como iluminação, água e vigilância.

Dias depois, o MEC voltou atrás e liberou os valores.

Por fim, em novembro, o MEC congelou R$ 366 milhões das instituições federais de ensino.

No caso da UFU, o bloqueio foi de R$ 2,7 milhões no orçamento discricionário.

Segundo a instituição, haviam restado apenas R$ 71 de limite de empenho no sistema, isto é, no valor destinado pelo Governo ao pagamento de serviços que precisem ser realizados nos campi.

No comunicado, a assessoria de imprensa da universidade havia afirmado que a situação, que já era difícil, "chegou ao limite do insustentável".

Na quinta (1º), o MEC liberou os recursos, mas o Ministério da Economia voltou a zerar o orçamento horas depois.

LEIA MAIS: UFU tem apenas R$ 71 para pagar fornecedores após novo bloqueio no orçamento: ‘No limite do insustentável’ O que diz o Ministério da Economia "Com relação aos bloqueios orçamentários, a partir do relatório de receitas e despesas do quinto bimestre, foi apontada uma necessidade adicional de bloqueio no Ministério da Educação no valor de R$ 1.

434,7 milhão, perfazendo um bloqueio total até o momento de R$ 2.

368,4 milhões para despesas discricionárias (RPs 2, 8 e 9), que atinge o MEC e suas entidades vinculadas, como universidades e institutos federais.

O montante do bloqueio poderá ser reavaliado em razão de fatores supervenientes ou mudanças nas projeções de despesas primárias.

Sob a perspectiva financeira, o mesmo Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias relativo ao 5º Bimestre, para fins de adequação da programação financeira de 2022, inclusive à regra constitucional do Teto de Gastos, indicou a necessidade de redução complementar dos Cronogramas de Pagamento nas despesas discricionárias dos Órgãos do Poder Executivo na ordem de R$ 5,7 bilhões, implementado pelo Decreto nº 11.

269, de 30 de novembro de 2022, que promoveu alterações no Decreto nº 10.

961/2022 - Decreto de Programação Orçamentária e Financeira de 2022.

Dessa forma, neste momento, a restrição imposta sobre os cronogramas de pagamentos no âmbito do Ministério da Educação alcança R$ 1,36 bilhão desde a edição do Decreto nº 11.

269/22.

O detalhamento das reduções do Ministério da Educação entre suas unidades está a cargo exclusivamente do próprio ministério.

Há que se destacar que, após esses ajustes implementados, o Ministério da Educação ainda tem limite de pagamento disponível de R$ 411,6 milhões, cuja utilização e priorização está a cargo do próprio Ministério da Educação e suas unidades".

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Publicada por: RBSYS

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