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Vem aí a nutrição de precisão

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Vem aí a nutrição de precisão

O objetivo é criar dietas sob medida, que funcionem de acordo com as características e circunstâncias vividas por cada indivíduo Alguns (ou muitos) quilos a mais? Taxas altas de colesterol? Quem enfrenta esse tipo de desafio quase tem que se satisfazer com uma dieta de restrições – e conheço gente que não pode mais ver peito de frango grelhado com salada.

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No entanto, se depender da Sociedade Norte-Americana de Nutrição (ANS em inglês), em poucos anos uma revolução mudará os parâmetros da alimentação.

No encontro anual da entidade, realizado entre 14 e 16 de junho, a grande vedete das discussões foi a nutrição de precisão.

Como o nome diz, trata-se de um novo campo de pesquisa cujo objetivo é criar dietas sob medida, que funcionem de acordo com as características e circunstâncias vividas por cada indivíduo.

Nutrição de precisão: objetivo é criar dietas sob medida, de acordo com as características de cada indivíduo Carlos Silva para Pixabay Os mais otimistas talvez já estejam salivando com a perspectiva de não terem que abandonar seus quitutes preferidos, mas ainda há um longo caminho pela frente.

Ele começa com o projeto “All of us” (“Todos nós”), que pretende montar um enorme banco de dados sobre um milhão de americanos.

Para participar, basta ter 18 anos e concordar em compartilhar informações médicas, responder a questionários e fornecer amostras de sangue, urina e saliva para exames laboratoriais e de DNA.

Os cientistas querem aprender não apenas sobre a biologia dessas pessoas, mas também sobre seu estilo de vida e o ambiente no qual vivem.

O motivo? Quanto maior a diversidade do material, mais perto estarão de formular tratamentos personalizados.

A iniciativa é da agência governamental de pesquisa biomédica dos EUA (National Institutes of Health), cuja meta é tornar a medicina de precisão – que leva em conta todo o ambiente no qual o indivíduo está inserido – uma realidade para a população.

O primeiro grande movimento será na área da nutrição e, com o volume de dados do banco biológico que está sendo criado, o passo seguinte será desenvolver algoritmos que mapeiem padrões dietéticos e prevejam respostas individuais aos alimentos.

“A nutrição será vista como a soma de biologia, comportamento, influências sociais e meio ambiente.

Poderá se transformar num grande passo no combate à obesidade, um dos maiores fatores de risco para as doenças cardiovasculares e o diabetes”, enfatizou o médico Bruce Lee, professor da City University of NY (CUNY).

Essa é a beleza do deep learning: com uma grande quantidade de dados processados por algoritmos, os computadores aprendem sozinhos e são capazes de realizar previsões de forma progressiva.

“Vamos usar todos os tipos de biomarcadores e daremos sequência a um estudo de três fases sobre desafios alimentares e intervenções de precisão.

Serão recomendações individualizadas para moderar ou otimizar esses biomarcadores”, afirmou Holly Nicastro, coordenadora do programa.

A primeira etapa contará com 10 mil participantes, além de todos os que integram o “All of us”, para mapear sua dieta e as respostas fisiológicas; na segunda, serão avaliadas três intervenções de curta duração em comunidades; por fim, os ajustes nutricionais serão feitos em domicílios.

O início está previsto para 2023.

Nesse admirável mundo da ciência, um novo estudo com 6 mil adultos mostrou que os genes ligados à percepção do sabor desempenham papel relevante nas escolhas alimentares que fazemos.

Exemplificando, uma pessoa pode descartar certos tipos de comida devido a seu perfil genético e, sabendo dessa particularidade, poderia incorporá-los à dieta com temperos que diminuíssem a rejeição.


Publicada por: RBSYS

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